
Quando saiu a nova versão no final de julho estava em férias, então acabei nem comentando muito sobre ela aqui no blog. Agora, após um mês de uso, traço alguns comentários sobre o que mudou e o que faltou.
A primeira coisa a dizer é que, se você é fotógrafo, independente do nível, e ainda não usa o Lightroom, chegou a hora da mudança, parafraseando alguns candidatos. Não há motivos para não usar. O programa que já era bom, ficou melhor, é simples de usar e vai trazer uma série de melhorias para você, seja em fluxo de trabalho profissional ou na simples produção de cópias 10x15 para mandar ao minilab.
Quanto às novidades em relação à versão beta, aparecem as seguintes:
- identificação de todos os hds, externos ou não, conectados à máquina, o que facilita muito para quem tem muitas imagens e com freqüência as remove do computador. Se os arquivos estiverem em algum hd, o LR vai encontrá-los.
- filtro graduado de densidade neutra. Lembro de ter pago mais de 150 dólares para ter um filtro desses em frente à lente e hoje é muito mais simples e preciso recuperar informação em céus estourados no LR .
- a nova barra de filtros juntou todos as formas de encontrar os arquivos em um só lugar: no centro e sobre as imagens. Podemos procurar os arquivos por texto, por atributos (rótulos, bandeiras ou estrelas) e por metadata. Fazendo uma combinação deles, encontra-se qualquer imagem de maneira muito fácil.
- coleções inteligentes: além das coleções que conhecíamos, agora temos também as inteligentes que automaticamente classificam suas imagens de acordo com critérios que você estabelece.
- melhoramento nas palavras-chave: se determinado tipo de imagem recebe sempre as mesmas palavra-chave, então o programa oferece as palavras para você assim que reconhecer uma dessas imagens
- visualização em dois monitores: já existia na versão beta, mas melhorou muito. Mesmo que você tenha apenas uma tela grande, pode fazer uso desse recurso. Vai melhorar muito sua forma de trabalhar. (foto acima)
- mudanças no modo develop: todas as ferramentas agora estão no mesmo lugar, no alto do painel direito, o que facilita muito.
- pincel de ajuste: disparado a ferramenta mais festejada. Agora é possível fazer alterações parciais na imagem sem ter que abrir no Photoshop. Pode-se fazer uma série de ajustes (exposição, brilho, contraste, saturação, clarity, nitidez e cor), controlar o tamanho do pincel e sua difusão e ainda tem o recurso auto mask que melhora sensivelmente o desempenho da ferramenta. Já vi o pessoal colorir fotos PB, suavizar pele e outras coisas interessantes dentro do LR.
- há possibilidade de eliminar ou acrescentar vignetting nas imagens mesmo depois do corte.
- a transição para o Photoshop ficou muito mais lógica e oferece várias opções de comandos direto do LR, como o HDR e o Photomerge.
- existe agora um preview na hora da aplicação do filtro de nitidez.
- a possibilidade de aplicar todos os templates do modo Print nas imagens e exportar como jpeg, que era uma das coisas mais pedidas.
- nos modos de saída, slideshow, print e web, todas as coleções aparecem no painel esquerdo, o que facilitou na hora de escolher as imagens.
Essas são algumas das alterações que eu mais uso no meu fluxo de trabalho. Cada vez mais o LR assume os papéis no início e fim do processo, deixando para o Photoshop apenas algumas correções mais pesadas, como o uso de retoques e/ou seleções. Em muitos casos, nem abro o Photoshop.
Mas o que faltou? Embora soubesse que não viria nessa versão, está mais do que na hora de uma opção de soft proof no LR. Como imprimir sem visualizar antes? E outra coisa que faz uma falta tremenda e que parece simples de resolver é a possibilidade de exportar o slideshow com música como quick time. É um saco ter que abrir o iPhoto só para fazer isso.
Sem dúvida foi um bom upgrade e cada vez mais o LR ocupa o papel de principal programa de edição de imagens no fluxo de trabalho de um fotógrafo. Valeu, Adobe!
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